Venerando a Virgem Maria podemos encontrar as mais belas virtudes, como sua humildade, pureza, obediência, piedade e tantas outras. A obediência é uma virtude que destaca-se em Maria, por sua prontidão e entrega a Deus e pelo ardente desejo que teve em cumprir os preceitos divinos.
Sabemos que a verdadeira obediência consiste em atender pronta e alegremente o que lhe é pedido, como uma criança que se abandona aos cuidados de seu pai. Quem é obediente não procura examinar a ordem que lhe é dada, seja para ver se convém ou para saber quais serão as suas consequências. Exorta-nos o Apóstolo: “Vigia a ti mesmo e à doutrina. Persevera nestas disposições, porque, assim fazendo, salvarás a ti mesmo e aos teus ouvintes.” (1Tm 4, 16).
O bom cristão precisa estar atento ao que procura obedecer: aos homens ou a Deus. Obedecer aos homens – quando esta ordem é conforme suas próprias vontades – é uma obediência natural que não possui méritos diante de Deus e a recompensa recebida é algo que o homem pode ofertar. Entretanto, a obediência a Deus, especialmente nas pequenas coisas, sem murmurações e feita com alegria, concede ao homem méritos diante de Deus, o crescimento da virtude e a graça santificante.
Recordemos do que nos ensina a Sagrada Escritura: “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós.” (Tg 4, 7). O grande segredo para quem deseja imitar a Virgem Santíssima, é ser submisso a Deus e opor-se às tentações do demônio. De fato, fazer a própria vontade é um meio eficaz para perder a alma.
Procuremos ser obedientes aos desígnios de Deus, mesmo que estes exijam de nós sacrifícios e longo tempo de sofrimento. Deus não nos decepcionará, confiemos no que Ele nos diz: “Não tenhas medo, pois eu te resgatei, chamei-te pelo teu nome, tu és meu!” (Is 43, 1).
Reflexão sobre o Capítulo XXIX – Livro I – Imitação de Maria – Da obediência