Como foi paciente a Virgem Maria, diante dos terríveis sofrimentos que padeceu seu Filho Jesus. Diante de tanta dor, como havia predito Simeão: “Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma.” (Lc 2, 35), Maria manteve-se em silêncio durante todo o martírio de Nosso Senhor Jesus Cristo, sem queixar-se de qualquer ato.
Eis o nosso modelo: a Virgem Santa! Quantas vezes, diante das provações, somos impacientes com nós mesmos e não sabemos compreender o tempo de Deus? Nesses momentos devemos voltar nosso olhar para Nossa Senhora, e observar com que docilidade e paciência Ela suportou os sofrimentos em sua vida.
Lembremo-nos do que exorta São Tiago: “Considerai uma grande alegria, meus irmãos, quando tiverdes de passar por diversas provações, pois sabeis que a prova da fé produz em vós a paciência.” (Tg 1, 2-3). Quem carrega a cruz com impaciência, torna sua cruz mais pesada.
O sofrimento, por amor a Cristo, é para nós um excelente meio para alcançar a santidade. Aquele que é paciente consigo mesmo, combatendo suas imperfeições, abraçando a cruz com alegria e procurando fazer em tudo a Vontade de Deus, por amor a Nosso Senhor, torna-se um imitador de Maria.
De fato, em nossa vida terrena veremos nossas vontades sendo contrariadas pelos homens ou, então, não correspondendo à Vontade de Deus. É essencial para a vida de todo cristão, abandonar-se à Vontade Divina, colocando sua esperança no Senhor; sendo assim, não seremos decepcionados, pois nos diz o profeta Isaías: “Nada temas, porque estou contigo; não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; eu te fortaleço e venho em teu socorro, eu te amparo com minha destra vitoriosa.” (Is 41,10).
Reflexão sobre o Capítulo III – Livro III – Imitação de Maria – Da paciência