Olhando para Maria Santíssima, vemos que Ela experimentou o preço da humilhação. Quando foi ao templo para apresentar o Menino, teve que participar de uma cerimônia religiosa de purificação. Embora fosse repleta de toda a graça e isenta de todo o pecado, por obediência, sujeitou-se à tal humilhação.
É certo que, em nossa vida de cristãos, passamos por situações humilhantes, como Maria Santíssima. Entretanto, nossa atitude deve ser como a de Maria, alegrar-se por participar dos sofrimentos de Cristo.
Quando nos deparamos com a Mãe do Filho de Deus, podemos nos perguntar: “Como tenho enfrentado as adversidades da vida?”. No livro, o autor nos relata: “Uma alma como Maria Santíssima, que não procura senão agradar a Deus, pouco caso faz da estima dos homens, bem pouco sensível às suas homenagens…”.
Diante das dificuldades da vida, muitas vezes somos infiéis a Jesus, rejeitamos a Cruz, queremos fugir dos problemas e, em muitos casos, procuramos fazer “justiça” com nossas próprias mãos, demonstrando que não confiamos plenamente no Senhor.
Sabemos que, não é fácil suportar as humilhações, injúrias e falta de respeito do outro. Mas, quando nos vemos diante de uma situação semelhante, nossa atitude deve ser como a de Cristo, como nos diz o Apóstolo: “Humilhou-se, obedecendo até a morte, até a morte humilhante numa cruz.” (Fl 2, 8). Felizes de nós, se por amor a Jesus, nos sujeitarmos ao sofrimento, pois, um dia seremos justificados por Ele diante dos homens.
Se somos fiéis a Cristo nas dificuldades, certamente crescemos em virtudes. De fato, Deus vela sobre os justos, como nos diz o salmista: “Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor.” (Sl 32, 18). Portanto, se Deus nos proporciona momentos de humilhação e sofrimento, prepara-nos, também, para o mérito e a glória.
Fugir das humilhações é evitar a semelhança que elas nos dão com Jesus. Sejamos, pois, felizes no sofrimento para que Deus possa realizar grandes feitos em nossas vidas, e através de nós, na vida de nossos irmãos e irmãs.
Reflexão sobre o Capítulo VII – Livro II – Imitação de Maria – Do amor e do preço das humilhações.