Em um domingo, saindo da missa encontrei uma amiga que não via fazia bastante tempo.
Ela conheceu minha neném, conversamos um pouco e no meio da conversa ela me perguntou se eu estava gostando (da maternidade). Imediatamente respondi que sim, claro! Mas essa pergunta ficou ecoando na minha cabeça.
Dias depois, estava fazendo a Maria Rita dormir e me lembrei da pergunta que ela tinha me feito e me fiz ela novamente: – “e aí?! Estou gostando de ser mãe? E minha resposta foi não.
Depois de muito refletir cheguei a conclusão que eu gosto mesmo de um pedaço de bolo com um chá bem quentinho (estou tomando um nesse momento que meu esposo me trouxe ❤) Nós gostamos de um prato de macarronada ou de uma atividade divertida.
Para ser mãe não é necessário gostar mas sim amar.
Em uma das carta que são Paulo escreve aos coríntios ele diz que o amor é paciente, bondoso, não tem inveja, não é orgulhoso nem escandaloso. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera e tudo suporta.
Diz ainda que o amor nunca acabará. Viu alguma semelhança com a maternidade? (Digo maternidade porque foi o que usei como reflexão. Você use a sua realidade…. paternidade, vida familiar, comunitária, etc)
Amar é se doar ao outro sem querer algo em troca. É, por exemplo, passar a noite toda em claro e na manhã seguinte levantar (apesar do cansaço) porque o neném já acordou e precisa de seus cuidados. É se dedicar inteiramente a alguém e não pensar ser em vão ou imaginar que seja perda de tempo. É se deixar consumir por esse amor que invade a alma e que faz tudo valer a pena.
Como diz são João “amamos, porque Ele nos amou primeiro”
Deixemo-nos ser amados por Deus primeiro para que assim possamos amar sem medida.
E se pararmos para refletir o amor que vem do alto pensaremos na maior prova de amor de todos os tempos. Um Pai amoroso que entrega seu único filho pelo bem da humanidade e de um Filho que se entrega como oferenda em silêncio. Tudo por amor!
Chega doer o coração de tanto amor, não é mesmo?!?
E concluo vendo como minha “prova de amor” é mínima perto do amor de Deus por mim.
“O amor me explicou tudo” Papa João Paulo II